data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas
Na tarde de hoje, Maria Rita assinou o livro, a exemplo dos demais vereadores, e já participou da primeira sessão plenária como parlamentar
A Câmara de Vereadores de Santa Maria conta, oficialmente, com uma nova parlamentar. Na tarde de hoje, durante a sessão ordinária, foi empossada a vereadora Maria Rita Py Dutra (PCdoB), 73 anos. Ao licencia-se por 30 dias, o vereador Werner Rempel, do mesmo partido, abriu uma vaga do Legislativo. O entendimento da sigla é dar oportunidade para que Maria Rita possa exercer suas pautas na Casa, já que foi a sétima vereadora mais votada, mas não conseguiu vaga porque o partido teve votos suficientes para eleger apenas um parlamentar.
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Na Câmara, a vereadora foi recebida com admiração e carinho pelos demais parlamentares, que a aplaudiram em pé por sua posse. No seu primeiro dia como vereadora, além de fazer o juramento, reafirmou compromissos com a comunidade e com demandas voltadas, principalmente, à inclusão social. Na mesa que ocupa no plenário do Legislativo, uma bandeira do Movimento Negro Unificado (MNU) foi estendida, indicando uma das lutas da vereadora.
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Ao tomar posse e integrar o bloco formado por PT/PCdoB, Maria Rita também se torna a vice-líder do bloco. Ainda hoje, a parlamentar participou, no final da manhã, do programa Direto da Redação (confira abaixo), na TV Diário. Na oportunidade, demonstrou o entusiasmo e a responsabilidade com os quais assume o cargo:
- Este é o momento de renovar a Câmara por meio do início de diálogos com os diferentes segmentos da comunidade, como os conselhos, uniões e associações.
INCLUSÃO
Dentre os diálogos propostos pela vereadora, a inclusão social regerá as pautas. Ela destaca o apoio recebido, ainda na candidatura do ano passado, pelo MNU:
- Nesse curto espaço de tempo, pretendo trazer uma alfabetização étinico-racial aos vereadores. A questão do racismo não tem partido político, pode ser trabalhada em qualquer bandeira, como tenho feito em diversos espaços, como missão.
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O primeiro tema diz respeito às cotas raciais em concursos públicos. A outra proposta apresentada é a criação de uma coordenadoria de política étnico-racial do município.
- Embora este momento não seja de grandes projetos, além de não podermos gerar ônus à prefeitura, nos elegemos sonhando. Este é o chamado "Inédito Viável" de Paulo Freire - explica a pós-doutoranda em Educação pela UFSM.
Ela pretende tratar do assunto, também, com a secretária de Educação do município, Lúcia Madruga. Maria Rita quer contemplar, também, as comunidades de surdos e cegos e, inclusive, pessoas em vulnerabilidade social.